Olá guerreiros,
Eu quero começar, explicando a primeira parte do título desse post: Dor
Hoje fui fazer o exame tão temido (por mim) biópsia de medula óssea. Eu sempre tive medo desse exame mesmo antes de saber do linfoma e quando eu soube que teria que fazer corri atrás de informações. Algumas guerreiras o descreveram como "tranquilo". Sorte delas porque comigo não foi, infelizmente. Li em um site que parecia a dor de um parto normal e em um blog li que na hora não doia e que só ficava dolorido pós procedimento como uma cesariana. Então eu já sabia a dor que ia sentir, uma vez que já vivi as duas experiências. Posso garantir que o exame pra mim não pareceu com nenhuma das duas experiências. Considerando que cada grávida tem suas peculiaridades. Esperando ansiosa minha vez na porta da sala do procedimento eis que surge um rapaz que já está em tratamento e em poucas palavras que trocamos ele disse assim: "não vou te enganar, dói muito".
Fiquei desesperada e entrei. Deitei de bruço e o médico logo avisou: "vou tirar um pedaço do teu osso da bacia ta?" Ok! Até porque eu tinha ido lá pra isso, rsrs...
A agulhada é tranquila, anestesia local, mas quando extrai o osso realmente dói e é no mínimo estranho e desconfortável. Mordi o travesseiro e chorei mas ali tinha muita coisa envolvida, medo, nervosismo e enquanto o médico preparava tudo pra começar passou um flash na minha cabeça de tudo que já vivi desde os primeiros dias quando passei mal e fui para o Pronto Socorro até descobrir que não era só uma virose. Ali deitada com o rosto enfiado no travesseiro pedi pra Deus forças pra aguentar porque aquele era o ultimo procedimento que eu estava fazendo. Pronto, acabou! Respirei fundo e limpei o rosto. O médico sentou e fez o pedido dos exames de rotina pré sessão de quimioterapia. Então é isso... estou me despedindo desses dias de dores com exames, procedimentos e a dor que o inimigo Hodgkin me faz sentir no peito. De hoje em diante a dor é outra, quem sabe, das reações da quimioterapia. Mas tou preparadíssima. Resumindo o exame: Dói guerreiras, mas é suportável.
Explicando a segunda parte do título desse post: + Dor
Agora que já estou a um passo de iniciar o tratamento e será perceptivel as reações, achei que fosse o momento certo de contar a minha filha Gabrielle. E vou resumir pra não começar a chorar denovo. Ela tem 11 anos e ja entende e conhece a doença. Tentei fazer da melhor maneira, mas pra isso não existe melhor maneira. Só Deus sabe a dor no meu coração quando ela pediu que eu não morresse porque ela não sabia se ela ia aguentar. E mais uma vez eu agradeço a Deus que EU estou passando por isso, que EU adoeci, que EU estou com câncer, porque se fosse em uma das minhas duas meninas eu não aguentaria. E infelizmente essa dor que ela sentiu com a notícia eu não pude evitar mas juro que se pudesse o faria.
Eu quero começar, explicando a primeira parte do título desse post: Dor
Hoje fui fazer o exame tão temido (por mim) biópsia de medula óssea. Eu sempre tive medo desse exame mesmo antes de saber do linfoma e quando eu soube que teria que fazer corri atrás de informações. Algumas guerreiras o descreveram como "tranquilo". Sorte delas porque comigo não foi, infelizmente. Li em um site que parecia a dor de um parto normal e em um blog li que na hora não doia e que só ficava dolorido pós procedimento como uma cesariana. Então eu já sabia a dor que ia sentir, uma vez que já vivi as duas experiências. Posso garantir que o exame pra mim não pareceu com nenhuma das duas experiências. Considerando que cada grávida tem suas peculiaridades. Esperando ansiosa minha vez na porta da sala do procedimento eis que surge um rapaz que já está em tratamento e em poucas palavras que trocamos ele disse assim: "não vou te enganar, dói muito".
Fiquei desesperada e entrei. Deitei de bruço e o médico logo avisou: "vou tirar um pedaço do teu osso da bacia ta?" Ok! Até porque eu tinha ido lá pra isso, rsrs...
A agulhada é tranquila, anestesia local, mas quando extrai o osso realmente dói e é no mínimo estranho e desconfortável. Mordi o travesseiro e chorei mas ali tinha muita coisa envolvida, medo, nervosismo e enquanto o médico preparava tudo pra começar passou um flash na minha cabeça de tudo que já vivi desde os primeiros dias quando passei mal e fui para o Pronto Socorro até descobrir que não era só uma virose. Ali deitada com o rosto enfiado no travesseiro pedi pra Deus forças pra aguentar porque aquele era o ultimo procedimento que eu estava fazendo. Pronto, acabou! Respirei fundo e limpei o rosto. O médico sentou e fez o pedido dos exames de rotina pré sessão de quimioterapia. Então é isso... estou me despedindo desses dias de dores com exames, procedimentos e a dor que o inimigo Hodgkin me faz sentir no peito. De hoje em diante a dor é outra, quem sabe, das reações da quimioterapia. Mas tou preparadíssima. Resumindo o exame: Dói guerreiras, mas é suportável.
Explicando a segunda parte do título desse post: + Dor
Agora que já estou a um passo de iniciar o tratamento e será perceptivel as reações, achei que fosse o momento certo de contar a minha filha Gabrielle. E vou resumir pra não começar a chorar denovo. Ela tem 11 anos e ja entende e conhece a doença. Tentei fazer da melhor maneira, mas pra isso não existe melhor maneira. Só Deus sabe a dor no meu coração quando ela pediu que eu não morresse porque ela não sabia se ela ia aguentar. E mais uma vez eu agradeço a Deus que EU estou passando por isso, que EU adoeci, que EU estou com câncer, porque se fosse em uma das minhas duas meninas eu não aguentaria. E infelizmente essa dor que ela sentiu com a notícia eu não pude evitar mas juro que se pudesse o faria.
Ela ainda acha que sou a mulher maravilha pra ela e acredita que eu sou capaz de mover montanhas. Mas não sou não, sou forte e tenho fé, muita fé e quem vai mover montanhas é Deus e é com ele que eu caminho, rumo à cura. E poder seguir o curso da vida com minhas filhas, continuar criando, educando, amando e sendo feliz ao lado delas.
A guerreira e as guerreirinhas!
Nenhum comentário :
Postar um comentário